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Não chegar onde desejamos, mas nunca esquecer da potência do sentir com

Através do desenvolvimento e reflexão sobre minha produção poética, proponho o conceito operatório coexistencializar, onde integro questões sobre como estamos e como nos relacionamos no mundo e a necessidade de ação para evidenciar coexistência no que não percebemos como contentor de caráter coexistente. Para tanto, utilizo balões como dispositivos para a prática artística e relato o processo de desenvolvimento dos trabalhos de maneira a refletir sobre como a materialidade dos balões se relaciona ao coexistencializar.

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Durante o desenvolvimento desta pesquisa, percebi uma questão existencial muito forte na minha prática artística. Esta questão perpassa por como estamos vivendo em sociedade e nos relacionando com a natureza e que ganhou dimensão a partir da compressão do pensamento do antropólogo Tim Ingold, do qual empresto a noção de espaço e malha (meshwork) que relaciono à minha prática artística para embasar o conceito coexistencializar.

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Como nos relacionamos com os outros, com a alteridade, com o espaço, fez-me buscar aproximações com a propositora Lygia Clark, levando em conta o caráter de interação das suas propostas, mais especificamente relacionando diretamente meu trabalho com “Baba Antropofágica” (1973), considerando os fluidos corporais e o Corpo sem Órgãos que estão em evidência nesta proposição e também se fazem presentes em meus trabalhos com balões. Tendo em vista a interpretação de Suely Rolnik sobre a espécie de Corpo sem Órgãos que se forma com a saliva da proposição mencionada, estabeleço relação entre a prática do coexistencializar com o conceito de CsO explorado por Gilles Deleuze e Félix Guattari.

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